sábado, 25 de agosto de 2012

Capítulo 11

- E aqui é o quarto de hóspedes, ou seja por hoje o teu quarto!
- Porque fazes isto tudo por mim?
- O quê?
- Porque mesmo depois eu te afastar, de ignorar tu ainda me tratas assim? Quando eu bati hoje à tua porta podias me ter afastado como eu fiz contigo.
- Tu não te arrependes do que me teres afastado?
- Nem sabes o quanto!
- Pois, por isso eu não quis que isso me acontecesse! Eu sabia que se fizesse isso, um dia me ia arrepender! E todos merecemos segundas oportunidades não achas?
Olhei para ele e percebi o erro que tinha cometido ao tê-lo afastado de mim!
- Obrigada, brother! - e sorri para ele e ele para mim.
- Estou cá para tudo, está bem? E por favor não voltes a tirar-me assim da tua vida ok?
- Não te preocupes que isso não vai voltar a acontecer!
E abracei-o e em seguida ele deu-me um beijo na testa. 
- Vá, agora vamos ter que ir fazer a tua cama.
- Dá-me os lençóis e eu faço sozinha.
- Nem penses, és convidada. 

- OMG, quantas vezes colocaste lençóis numa cama?
- Vou admitir, é a minha segunda vez.
- Pois, desculpa dizer mas não tens jeito nenhum.
- Eu sei que é verdade. A minha mãe ou a empregada quando cá vem é que costuma fazer.
- Mimado. 
- Chamaste-me o quê? Repete lá!
- MIMADO!
- Vais te arrepender.
E foi a correr para o pé de mim, e começou-me a fazer cócegas , de repente caímos para cima da cama e ficámos tão perto um do outro que....
- Meninos, o jantar já está pronto!
- Já vamos, mãe.

- O jantar estava óptimo.
- Ainda bem que gostaste, querida! E tu Francisco não disses nada?
- Está muito bom como sempre, mãe.
- Então, Diana, e como está o teu namorado?
- Nós... Nós já não namoramos. Mas preferia não falar nisso!
Quando eu disse aquilo o Francisco olhou para mim surpreendido. 
- Desculpa ter falado nisto, querida!
- Não faz mal, Dr. Graça.

Quando acabámos de levantar a mesa , vimos um bocadinho de televisão, mas depois fomo-nos deitar tinha sido um dia longo!
- Até amanhã, meninos! Durmam bem.
E dei um beijo ao Francisco e outro a mim, senti-me como se fizesse parte da família.

- Bem... Então dorme bem, Diana! Até amanhã.
- Até amanhã, Francisco!
Desde que aconteceu aquilo quando estávamos a fazer a minha cama, que parece que somos uns estranhos um para o outro.

Demorei muito tempo a adormecer, só pensava no que tinha acontecido esta tarde com o Ricardo e no Francisco. Quando consegui adormecer tive um pesadelo com o Ricardo sobre o que ele tinha feito naquela tarde, quando acordei estava em pânico! Parecia que tudo tinha acontecido de novo, fui ver as horas no telemóvel eram 2 da manhã e tinha 10 mensagens do Ricardo e 7 chamadas não atendidas. Ganhei coragem e fui ler mas só de ler a primeira ainda fiquei mais em pânico, dizia : " Tu estás lixada comigo, miúda!  Eu não vou descansar enquanto não te infernizar a vida! QUERO QUE SOFRAS COMO EU!" Quando acabei de ler desatei a chorar, ele não estava em si. Não consegui ler mais nada.

- Francisco! 
- Diana, o que se passa para me estares a acordar?
- Desculpa mas...
- Tu estás a chorar?
Abanei com a cabeça a dizer que sim.
- Oh linda anda cá!
E deitei-me ao lado dele na cama e pousei a cabeça no peito dele enquanto ele me acalmava.

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